Saiba o que as redes sociais fazem com seus dados e como se proteger

  • 24/10/2025
(Foto: Reprodução)
77ª Semana Jurídica e XIII Congresso Brasileiro de Processo Coletivo e Cidadania, realizada neste mês de outubro de 2025, discute tema relacionado à era digital: “Inteligência Artificial e cidadania: desafios e perspectivas para os Direitos Fundamentais" Crédito: DICom Unaerp O avanço das redes sociais e das grandes empresas de tecnologia transformou a maneira como os usuários interagem no ambiente digital. Especialistas alertam sobre a necessidade de ficar atento sobre os dados que são coletados e como a legislação brasileira atua na proteção do cidadão. De acordo com Luiz Scarpino Jr., professor e coordenador do curso de Direito na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), as Big Techs operam no chamado “mercado de atenção”. Para aumentar a rentabilidade, as plataformas monitoram hábitos de navegação como páginas visitadas, o tempo de permanência, cliques e redirecionamentos. “Essas informações são utilizadas exatamente para que as empresas entendam quem é o seu consumidor, destinar uma melhor experiência, reter ele por mais tempo e conseguir prestar melhor serviço ou vender a sua mercadoria, bem como redirecionar propaganda e assim, converter em rentabilidade”, explica Scarpino. Coordenador do curso de Direito, o professor Luiz Eugênio Scarpino Jr. é membro da Comissão de Direito Digital da OAB/SP Crédito: Divisão de Comunicação - UNAERP Atenção e controle Informações biométricas, como fotos ou registros usados para cadastros, podem alimentar perfis falsos ou fraudes financeiras. Por isso, o professor explica que cada internauta precisa se relacionar de forma controlada com as plataformas digitais, tendo cuidado de fornecer apenas os dados necessários para cada serviço. Aceitar cookies e se cadastrar em sites sem certificado de segurança significa entregar rastros de navegação, localização e informações pessoais que podem parar em mãos mal-intencionadas. Além disso, é preciso sempre estar atento para eventuais vazamentos, pois estes podem resultar em golpes, criação de contas falsas e uso indevido de dados biométricos. Atualmente é praticamente impossível eliminar por completo a exposição de algum dado sensível na internet, mas pode-se controlar e reduzir os riscos ao compartilhar informações. “Quando um usuário publica uma foto ou o certificado de um curso que ele concluiu com os dados pessoais e documentos, ele está expondo a toda comunidade dados que podem ser usados para outras finalidades”, afirma. Para o advogado formado na Unaerp, Fábio Esteves de Carvalho, o curso de Direito é referência em ensino jurídico (Crédito:TV UNAERP) LGPD e outras formas de proteção Do ponto de vista jurídico, o professor destaca que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) garante que o usuário é titular das próprias informações e que elas não podem ser utilizadas para fins diferentes daqueles para os quais foram fornecidas. “Necessidade e utilidade são princípios fundamentais”, afirma. Mas lembra que fora do Brasil a proteção nem sempre é equivalente, pois sites internacionais podem não seguir as mesmas regras. Por isso, reforça que o cuidado do usuário continua essencial. Além da LGPD, o Brasil conta com o Marco Civil da Internet, de 2014, que assegura acesso livre e direitos básicos para os usuários como privacidade, liberdade de expressão e responsabilidade das plataformas no Brasil. No entanto, Scarpino avalia que o avanço das redes sociais, da desinformação e de novas tecnologias como a Inteligência Artificial, demanda atualizações legislativas constantes. “Precisamos agora dar passos mais certeiros para regular tanto o mercado de serviços digitais, como a própria questão dos serviços digitais como um todo [...] trazer balizas de representação para que essas empresas que explorem serviços digitais no Brasil possam se comprometer com um conjunto de leis existentes aqui”, defende. O professor menciona o projeto de lei 2.630, conhecido como “PL das Fake News”, e iniciativas para regulamentar a IA com base em princípios e riscos, a exemplo do que ocorre na União Europeia com leis como a dos Serviços Digitais (DSA). São exemplos que mostram um movimento no sentido da regulamentação que vem ocorrendo no congresso nacional. “É necessário garantir infraestrutura digital e a governança, tudo isso é imprescindível para nossa evolução. Mas sem desguarnecer a proteção e garantia dos direitos humanos e individuais”, conclui. SERVIÇO Quer saber mais? Acesse o portal da Unaerp Veja também: Unaerp no Instagram Clique aqui para visitar sua futura Universidade. Use o Whatsapp para marcar uma conversa com a coordenação do seu futuro curso: 0800 771 8388

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/especial-publicitario/unaerp-unaerp-movimentando-descobertas/noticia/2025/10/24/saiba-o-que-as-redes-sociais-fazem-com-seus-dados-e-como-se-proteger.ghtml


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