Forças de segurança destroem maquinários e estruturas de acampamentos de garimpos ilegais em Almeirim, no Pará
23/10/2025
(Foto: Reprodução) As forças de segurança destruíram maquinários e estruturas de acampamentos de garimpos ilegais no Baixo Amazonas
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Segunda fase da "Operação Ouro de Sangue” deflagrada pela Polícia Civil para desarticular garimpos ilegais situados na região do Distrito de Monte Dourado, no município de Almeirim, oeste do Pará, destruiu maquinários e estruturas de acampamentos, e identificou estruturas complexas de extração ilegal.
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A área onde a operação se concentrou fica localizada dentro da Estação Ecológica do Jari, unidade de conservação federal. Os trabalhos foram iniciados no dia 19 e finalizaram nesta quinta (23).
As forças de segurança realizaram incursões em campo com apoio aéreo, além da coleta de provas para responsabilização criminal e administrativa dos envolvidos. A operação também apreendeu armas de fogo e munições de diversos calibres.
A Polícia Civil pretende fazer a retirada de garimpeiros da área, além da identificação e interdição definitiva das pistas de pouso clandestinas em uma próxima fase, restabelecendo o controle estatal sobre a região.
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Participam das atividades a Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (DECA) de Santarém, sob supervisão da Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas, com apoio técnico e tático do Núcleo de Apoio de Inteligência do Baixo e Médio Amazonas (NAI/Baixo e Médio Amazonas), Delegacias de Monte Dourado e de Prainha.
Integração
A ação integra esforços com o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Grasesp), vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), e à Polícia Científica do Pará (PCEPA) com o objetivo de combater de forma coordenada os crimes ambientais e a violência associada à exploração clandestina de ouro.
De acordo com Jamil Casseb, superintendente do Baixo e Médio Amazonas, a segunda fase da operação iniciou após as diligências feitas para investigar a morte de oito pessoas em um garimpo ilegal no Vale do Jari, na fronteira entre o Estado do Amapá, no município de Almeirim, em agosto deste ano.
Garimpos ilegais realizam extrações sem licença ambiental e contribuem para contaminação de rios por mercúrio
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Além de coibir crimes violentos, a ação também é um marco importante no combate de ilícitos ambientais no Pará. “Encontramos uma degradação muito grande na questão ambiental, com várias áreas devastadas e nossos rios sendo envenenados através de substâncias nocivas utilizadas nesse tipo de exploração ilegal. Nós, de forma alguma, seremos coniventes com esse tipo de situação", disse Casseb.
Ainda de acordo com o delegado, as forças de segurança estarão presentes nas próximas etapas da Operação e novas operações policiais devem ser realizadas para combater os garimpos ilegais.
Estruturas complexas
As investigações identificaram estruturas complexas de extração ilegal, conhecidas como garimpos “Mamão” e “Porto Inajá”. Essas estruturas operavam com pistas clandestinas, dragas e escavadeiras, causando ampla degradação ambiental, contaminação de rios por mercúrio e destruição de floresta primária. A atividade criminosa estaria ligada a familiares de um homem, que está preso, apontado como mandante da chacina.
Polícia civil identificou estruturas complexas de extração ilegal, como os garimpos Mamão e Porto Inajá
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De acordo com o titular da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) de Santarém, delegado Gilvan Almeida, o resultado da operação é resultado de um trabalho coletivo. “O delegado de Monte Dourado solicitou o apoio da Superintendência e fez um levantamento sobre a área , juntamente ao nosso Núcleo de Apoio de Inteligência em agosto, onde foram notados os garimpos".
Gilvan Almeida disse que a partir dessas informações, a Delegacia de Conflitos Agrários, que também estava na Operação Curupira, desencadeou a segunda fase da Operação, e com apoio do Graesp e da Polícia Científica do Pará, foi realizada uma ação direta na área, que irá subsidiar novas fases da operação. A Deca irá compartilhar o levantamento feito com demais órgãos competentes para a adoção de providências legais, uma vez que a área é uma reserva ecológica.
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