CPMI do INSS: apontado como sócio nega sociedade com 'Careca' e diz que nunca pegou em dinheiro ilegal

  • 18/09/2025
(Foto: Reprodução)
Milton Salvador de Almeida Junior presta depoimento na CPI do INSS Carlos Moura/Agência Senado Um dos depoentes da CPI do INSS nesta quinta-feira (18), Milton Salvador de Almeida Júnior negou que seja sócio do “Careca do INSS” e disse que apenas prestava serviços para as empresas dele. Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é apontado pelas investigações como facilitador do esquema que desviou recursos de aposentados e pensionistas. Milton Júnior é apontado pelas investigações como sócio das empresas que o “Careca” usava como intermediárias financeiras para as entidades associativas de aposentados. Em razão disso, essas empresas recebiam recursos de diversas associações que, em parte, foram destinados a servidores do INSS", segundo a Polícia Federal (PF) Em sua fala, Júnior afirmou que era diretor financeiro das empresas, emitia notas a pedido de Antunes e não tinha competência para checar se os serviços eram de fato prestados. “Não sou, nunca fui e jamais serei [sócio do careca do INSS]. Sou prestador de serviços. Ele contratou minha empresa para prestar serviços à empresa dele. Jamais fui sócio de qualquer das empresas do Careca do INSS”, afirmou. Milton Júnior disse que fazia operações bancárias das empresas e tinha dever de acompanhar e liderar a equipe da área financeira, cuidando de contas a pagar e dinheiro a receber. Segundo ele, o Careca do INSS disse que as empresas prestavam “consultoria técnica para as associações de aposentados”. CPI do INSS: relator e senadora batem boca: 'Tigrão pra cima de mim?' Fluxo financeiro Milton Júnior foi questionado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), qual era o fluxo financeiro das empresas das quais constava como diretor financeiro. “No período em que estive lá, algo muito próximo a uma média de R$ 10 milhões por mês”, afirmou. Júnior disse que foi diretor por 14 meses das empresas e que só notificou Antunes para deixar a diretoria financeira após a operação da PF. “Identifiquei [que estava envolvido em organização criminosa], quando recebi a PF lá. O que eu via era via Metrópoles, via imprensa e os questionamentos que eu fiz ele [Antunes] negou todos. A mim dizia que não fazia nada de irregular”, afirmou “A conversa que tive com ele era se ele tinha envolvimento e ele negou. Eu acreditei”, disse. O depoente disse que nunca pegou em dinheiro vivo no período em que trabalhou nas empresas, que nunca presenciou políticos em contato com Antunes e nem entrou no prédio do Ministério Da Previdência Social. Segundo ele, seu contrato com o Careca do INSS era de R$ 60 mil por mês e ele nunca recebeu dividendos.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/18/cpmi-do-inss-apontado-como-socio-nega-sociedade-com-careca-e-diz-que-nunca-pegou-em-dinheiro-ilegal.ghtml


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