Policiais e bombeiro são expulsos por tentativa de feminicídio, violência doméstica e outros crimes
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Veja os vídeos que estão em alta no g1
Um bombeiro da reserva e quatro policiais militares foram excluídos das corporações pela prática de diversos crimes e infrações administrativas. Entre eles, estão tentativas de homicídio e feminicídio, violência doméstica contra a mulher e ameaça com uso de arma de fogo.
As punições constam em portarias publicadas no Diário Oficial de Pernambuco desta quarta-feira (15) e assinadas pelo secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho. O g1 tenta contato com as defesas dos militares envolvidos.
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Um dos casos envolve o subtenente da reserva do Corpo de Bombeiros Antônio de Moura Cavalcante Filho. Ele é acusado de agredir, com socos e chutes, uma mulher e o pai dela no dia 10 de outubro de 2022 no Terminal Integrado de Camaragibe, no Grande Recife.
Conforme os autos do processo, a mulher era ex-namorada de outro homem, que praticou as agressões junto com o bombeiro. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ela e o pai estavam esperando um mototáxi na frente do terminal quando foram surpreendidos pelos dois agressores.
O ex-namorado da vítima teria desferido uma facada nas costas do pai dela, que ficou desacordado no chão, e, depois, dado outro golpe de faca na mulher. Ainda segundo a denúncia, o militar deu chutes e murros no pai da jovem mesmo ele estando inconsciente e também agrediu a mulher depois que ela começou a gritar.
Em outra portaria, a Secretaria de Defesa Social (SDS) expulsou da Polícia Militar o cabo Márcio Vandré Oliveira dos Santos, que responde por violência doméstica contra a ex-companheira.
Segundo o documento, o policial foi considerado culpado das acusações de agredir física e verbalmente a vítima e ameaçá-la de morte.
Outro PM excluído foi o soldado Jaciel Israel de Lima. Conforme a portaria da SDS, ele é acusado de ameaçar, com uma arma de fogo, um garçom que se recusou a servir uma bebida alcoólica para ele e a um adolescente que estava com o policial em um bar no dia 15 de abril de 2022.
Ainda de acordo com o documento, o soldado deu a arma ao adolescente para que ele também apontasse a arma contra a vítima.
"Ao ser abordado pela guarnição policial, o aconselhado desobedeceu ordens, recusou-se a entregar a arma, proferiu ameaças e palavras de calão contra o efetivo, e ainda tentou intimidar o policiamento com menções a 'familiares coronéis'", registra o texto na portaria.
Secretaria de Defesa Social (SDS) fica no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife
Reprodução/TV Globo
Deserção e fraude em licença
Além dos casos de violência, outros dois policiais militares foram excluídos por deserção e fraude em licença de saúde.
Um dos PMs é o soldado Wenderson Marcelino Cardoso Ribeiro de Alencar. De acordo com a portaria que determina sua exclusão, ele apresentou um atestado médico e, um dia após se afastar do trabalho, se submeteu a um teste de aptidão física para poder participar de um concurso público, praticando uma "atividade incompatível com o seu suposto quadro clínico".
Conforme o documento, as investigações apontaram que o militar omitiu, de forma proposital a suposta doença para conseguir um parecer favorável à participação no certame.
Na mesma edição do D.O., o secretário de Defesa Social também assinou a portaria que excluiu da corporação mais um soldado da PM. Segundo o documento, Aureliano Alves de Sousa Neto ficou afastado por motivo de saúde e, ao fim do período de licença, que terminou em 4 de agosto de 2023, deixou de comparecer ao trabalho.
Ainda de acordo com a portaria, o militar foi considerado desertor a partir do dia 13 de agosto daquele ano. Depois disso, ele respondeu a um processo disciplinar, concluído em 2025.
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